O avanço da inteligência artificial como mediadora educacional na perspectiva contemporânea e global
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p2372-2418Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Educação, Realidade AumentadaResumo
A inteligência artificial (IA) configura-se como elemento central na reestruturação dos processos educacionais contemporâneos, atuando como mediadora entre professor, aluno e currículo. Relatórios da OCDE e da Unesco evidenciam a insuficiência dos sistemas educacionais em acompanhar as demandas do século XXI, destacando a limitada integração formal da IA na educação básica. Sua inserção deve transcender a dimensão técnica, incorporando perspectivas éticas, sociais e interdisciplinares.
Aplicações como Sistemas de Tutoria Inteligentes, mineração de dados, realidade aumentada e serious games exemplificam o potencial da IA na personalização do ensino, no diagnóstico de lacunas e na promoção de aprendizagens ativas. Experiências de países como Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido, bem como iniciativas brasileiras (Piauí, UFG, Goiás), ilustram distintas modalidades de implementação curricular.
Entretanto, desafios persistem: risco de ampliação das desigualdades, plágio, viés algorítmico e privacidade. Assim, a adoção da IA exige políticas públicas, infraestrutura digital e formação docente crítica, assegurando equidade e sustentabilidade no processo educativo.
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