Mapeamento da Produção Científica sobre Desafios da Educação Pública e Ensino Remoto na Pandemia
Uma Análise Bibliométrica de Tendências e Lacunas
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n1p295-311Palavras-chave:
Desigualdade, Pandemia da covid-19, Tecnologia educacional, Desafios Educacionais, Bibliometrix (software)Resumo
Diante da intensificação das desigualdades educacionais e das mudanças abruptas impostas pela pandemia de Covid-19, torna-se relevante compreender como a comunidade científica respondeu a esses desafios. Este estudo realiza uma revisão bibliométrica da produção científica sobre os desafios enfrentados pela educação pública durante a pandemia de Covid-19, com foco na implementação do ensino remoto emergencial. O objetivo é mapear e analisar a produção científica internacional sobre o tema, destacando os principais autores, periódicos, colaborações institucionais e tendências de pesquisa. Para isso, foram consultadas as bases de dados Web of Science e Scopus, resunindo uma amostra de 593 publicações indexadas até janeiro de 2024. A análise foi conduzida com o auxílio do software Bibliometrix, permitindo a visualização de padrões temáticos, afiliações mais relevantes e influência entre autores e instituições. Os resultados apontam que os temas mais recorrentes incluem desigualdade no acesso à tecnologias digitais, a necessidade de adaptação de professores e alunos ao ensino à distância, bem como a urgência por estratégias pedagógicas mais inclusivas. Estados Unidos, Brasil e Reino Unido figuram entre os países com maior volume de produção científica sobre o assunto. Além disso, foram identificadas lacunas significativas na avaliação de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades educacionais, especialmente em contextos socialmente vulneráveis. Conclui-se que a pandemia impulsionou a reflexão científica global sobre as fragilidades dos sistemas educacionais e sobre a importância da equidade no acesso à educação. O estudo reforça o papel da ciência na formulação de estratégias educacionais mais inclusivas, resilientes e fundamentadas em evidências, contribuindo com subsídios teóricos e empíricos para a tomada de decisão em contextos de crise e pós-crise.
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