The Potential of Stem Cells in Dental Pulp Regeneration:

As Integrative Review of Recent Literature

Resumo

A endodontia regenerativa tem emergido como uma alternativa promissora ao tratamento endodôntico convencional, buscando não apenas eliminar a infecção, mas também restaurar a vitalidade e as funções fisiológicas da polpa dentária. O avanço dessa área está fortemente associado ao uso de células-tronco mesenquimais derivadas de tecidos dentários, como as células-tronco da polpa dentária permanente (DPSCs), as de dentes decíduos esfoliados (SHED), as da papila apical (SCAP) e as do ligamento periodontal (PDLSCs), que apresentam potencial de diferenciação em odontoblastos, fibroblastos e células endoteliais, fundamentais para a regeneração do complexo dentinopulpar. Estudos recentes demonstram que a combinação de células-tronco, biomateriais e fatores de sinalização favorece a deposição de matriz dentinária, angiogênese e reconstituição parcial da inervação. Diversos biomateriais bioativos e moléculas, como a alantoína, têm mostrado resultados encorajadores na modulação da resposta celular. Além disso, investigações apontam a importância da regulação epigenética no controle da proliferação e diferenciação celular, sugerindo novas possibilidades terapêuticas. No âmbito clínico, a escolha de irrigantes e medicações intracanais revelou-se determinante para a viabilidade celular, sendo que o EDTA demonstrou benefícios em contraste com a citotoxicidade do hipoclorito de sódio. Estratégias adjuvantes, como a fotobiomodulação, também têm sido exploradas para potencializar os resultados regenerativos. Apesar dos progressos, a maioria das evidências ainda se concentra em estudos in vitro e em modelos animais, sendo escassos os ensaios clínicos randomizados em humanos. Desafios como a padronização de protocolos, barreiras éticas e regulatórias e a validação clínica permanecem. Assim, embora a endodontia regenerativa represente um novo paradigma, sua consolidação clínica dependerá de pesquisas translacionais robustas que integrem ciência básica e prática odontológica.