GESTÃO DE RISCOS LOGÍSTICOS NA AMAZÔNIA: IMPACTOS DA SAZONALIDADE HIDROVIÁRIA E SOLUÇÕES BASEADAS EM PROJETOS
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p471-495Palabras clave:
Logística Fluvial, Gestão de Riscos, Hidrovia, Amazônia.Resumen
Este artigo analisa os riscos logísticos associados à sazonalidade hidroviária na região amazônica, com ênfase no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM), onde o transporte fluvial é o principal meio de mobilidade e abastecimento. A significativa variação do nível das águas do Rio Negro, que ocorre anualmente nos períodos de cheia e vazante, compromete a navegabilidade, afeta a estabilidade do transporte e gera impactos na economia e na qualidade de vida da população local. O problema se intensifica pela ausência de planejamento estruturado e de mecanismos eficazes de gestão de riscos, especialmente em municípios que dependem quase exclusivamente do modal hidroviário. A questão norteadora do estudo é: como a aplicação de práticas de gestão de riscos pode contribuir para mitigar os impactos da sazonalidade hidroviária na logística fluvial da Amazônia? Para respondê-la, o objetivo geral é analisar como essas variações impactam a logística regional, destacando o município de Santa Isabel do Rio Negro e propor estratégias baseadas na gestão de projetos para mitigar os efeitos negativos. A metodologia utilizada é qualitativa, com fins exploratórios e descritivos, e natureza bibliográfica. Utiliza-se o estudo de caso da Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4) de Santa Isabel do Rio Negro, associado a referências técnicas como o PMBOK e a norma ISO 31000. Espera-se, como resultado, sugerir estratégias como o uso de estoques preventivos, embarcações adaptadas e o planejamento sazonal de rotas. O estudo busca contribuir para o aprimoramento da logística na Amazônia, promovendo maior previsibilidade e resiliência diante das variações naturais do ambiente fluvial.
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