QUALIDADE DE VIDA DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS E POSSÍVEIS ASSOCIAÇÕES COM DOENÇAS FÍSICAS E MENTAIS
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2022v11n2p145-162Palabras clave:
Empregadas domésticas; Doenças Físicas ; Doenças Mentais; Qualidade de vida.Resumen
Introdução: A profissão de empregada doméstica tem crescido muito nos últimos anos pelo fato de não exigir uma formação acadêmica específica. É exercida predominantemente por mulheres e tem como função todas as atividades pertinentes ao lar. Objetivo: Há uma grande escassez de estudos sobre essa profissão, portanto o presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de vida de empregadas domésticas e associar a profissão com o surgimento de doenças físicas e mentais. Metodologia: Caracteriza-se por um estudo transversal com amostra de 28 mulheres, com idade entre 18 e 80 anos, prestadoras de serviços domésticos tanto com registro CLT, quanto autônomas. Foram encontradas através das redes sociais e através de um link online foram aplicados um questionário demográfico, socioeconômico, o WHOQOL-bref (FLECK, 2000) para qualidade de vida e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (Barros ,2003). Resultados: a média de idade era de 42 anos, com média de 14 anos de profissão de doméstica. Na qualidade de vida demonstrada pelo WHOQOL-BREF o domínio 4 representando o meio ambiente em que vive foi o que se mostrou mais baixo, indicando qualidade de vida ruim. Os demais domínios (físico, psicológico e relações sociais) se mantiveram como regular, indicando que a qualidade de vida está na média. No questionárionio nórdico com relação a dor, formigamento/dormência nos últimos 12 meses, observaram-se altas prevalências de problemas em punhos/mãos (57,1%), ombros (46,4%). E nos últimos 7 dias problemas na parte superior das costas (28,6%) e punho/mãos (28,6%). Conclusão: O presente estudo mostrou que a qualidade de vida das domésticas tem sido regular e isso pode ser associado com as condições de vida e de trabalho que elas possuem, o que leva a alguns momentos de depressão, ansiedade e estresse, além de doenças osteomusculares em região de punho/mãos, ombros e parte superior das costas que foram as mais prevalentes.
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