ARQUITETURA VINÍCOLA E IDENTIDADE NA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO SUL DO BRASIL
TRANSFORMAÇÕES TIPOLÓGICAS, CONSTRUTIVAS E FUNCIONAIS NO CONTEXTO RURAL DA SERRA GAÚCHA
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n1p246-262Palabras clave:
Arquitetura, Imigração italiana, Patrimônio cultural, Porão, Identidade culturalResumen
Este artigo analisa a evolução arquitetônica e funcional das edificações vinícolas vinculadas à imigração italiana no Rio Grande do Sul, com ênfase nas adaptações técnico-construtivas e na relação simbólica entre arquitetura e identidade cultural. A partir de abordagem qualitativa e documental, investiga-se como os imigrantes adaptaram saberes tradicionais às condições ambientais e materiais locais, resultando em soluções arquitetônicas híbridas que fundem heranças europeias e especificidades brasileiras. São exploradas quatro fases da arquitetura imigrante, da moradia provisória à consolidação estilística, evidenciando a progressiva complexidade das edificações e sua integração com o território. Destaca-se o papel do porão como espaço multifuncional, articulando produção agrícola, vitivinicultura e sociabilidade, revelando sua centralidade na dinâmica social e econômica das comunidades. O estudo também reflete sobre o diálogo entre a arquitetura italiana rural e as influências brasileiras na organização espacial das propriedades, apontando para uma construção identitária territorializada, resiliente e em constante adaptação. A pesquisa contribui para o entendimento da arquitetura como expressão cultural e ferramenta de preservação da memória e do patrimônio imigrante no sul do Brasil. Este artigo é fruto da dissertação “Do porão à grande indústria: preservação do patrimônio histórico do imigrante italiano através das edificações de produção vinífera”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Área de Concentração em Arquitetura e Patrimônio Material, Linha de Pesquisa Preservação do Patrimônio Material.
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