Transição Alimentar na Amazônia
do consumo de alimentos tradicionais ao aumento de ultraprocessados
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p2901-2917Resumen
RESUMO
A alimentação na Amazônia passou, nas últimas décadas, por um processo de transição
marcado pela redução do consumo de alimentos regionais tradicionais e pela crescente
inserção de produtos ultraprocessados. Esse fenômeno tem implicações diretas na
saúde da população, impactando tanto o perfil nutricional quanto a preservação cultural
e socioeconômica da região. O presente artigo tem como objetivo analisar as mudanças
nos padrões alimentares amazônicos, destacando os fatores que impulsionam a
substituição dos alimentos in natura e minimamente processados por produtos
industrializados. Metodologicamente, foi realizada uma revisão de literatura em bases
científicas nacionais e internacionais, priorizando estudos publicados entre 2015 e 2025
que abordam a transição nutricional, hábitos de consumo e seus efeitos na saúde
coletiva. Os resultados evidenciam que a expansão dos ultraprocessados está associada
a mudanças no estilo de vida urbano, estratégias de marketing agressivas da indústria
alimentícia e à diminuição do acesso a produtos locais, especialmente nas áreas
urbanizadas. Verificou-se ainda que tais transformações contribuem para o aumento de
doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão, ao
mesmo tempo em que fragilizam a identidade cultural alimentar da região. Conclui-se
que compreender a transição alimentar amazônica é fundamental para subsidiar
políticas públicas voltadas à promoção da saúde e ao fortalecimento da produção local,
preservando a biodiversidade e os saberes tradicionais como estratégias de resistência
frente ao avanço dos ultraprocessados.
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