METODOLOGIAS ATIVAS MEDIADAS POR TECNOLOGIA
ANÁLISE CRÍTICA DO PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM COLABORATIVA
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p2553-2573Palabras clave:
metodologias ativas; tecnologias digitais; mediação pedagógica; aprendizagem colaborativa; formação docenteResumen
Este artigo discute criticamente o papel do professor na mediação de metodologias ativas mediadas por tecnologia, considerando seus potenciais e limites no contexto da aprendizagem colaborativa. A emergência dessas práticas no cenário educacional brasileiro decorre da necessidade de superar a lógica transmissiva do ensino tradicional, incorporando a cultura digital e favorecendo o protagonismo discente. A problemática central reside no fato de que a presença de recursos tecnológicos, por si só, não assegura aprendizagens significativas, sendo indispensável a mediação docente para atribuir intencionalidade pedagógica, estimular a corresponsabilidade e promover processos formativos emancipadores. O objetivo geral da pesquisa foi analisar de que maneira o professor pode exercer um papel crítico e efetivo nesse contexto, e os objetivos específicos consistiram em discutir os fundamentos das metodologias ativas, examinar as tecnologias digitais como instrumentos de mediação, problematizar a relação entre aprendizagem colaborativa e mediação pedagógica e apontar desafios e perspectivas futuras para a prática docente. A investigação caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, realizada a partir de levantamento em bases de dados acadêmicas internacionais, como Google Scholar, Scopus e Web of Science, além da análise de documentos normativos da educação brasileira, como os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular. A análise dos materiais, conduzida de forma crítica e interpretativa, permitiu identificar que as metodologias ativas ampliam engajamento, criatividade e autonomia discente quando planejadas de modo consistente, mas sua implementação enfrenta barreiras estruturais, como a precariedade da infraestrutura, e pedagógicas, como lacunas na formação docente. Conclui-se que o professor ocupa lugar central na integração entre tecnologia e metodologias ativas, devendo atuar como mediador e designer de experiências de aprendizagem, articulando dimensões técnicas, pedagógicas e éticas. Assim, a inovação educacional só se concretiza quando apoiada em políticas públicas de inclusão digital, formação continuada e condições institucionais adequadas, garantindo que a tecnologia seja instrumento de democratização e não de exclusão.
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