CASAS INTELIGENTES PARA PESSOAS COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2022v11n2p47-64Resumo
RESUMO
Introdução: Pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) enfrentam desafios severos de mobilidade e comunicação, exigindo soluções tecnológicas que promovam maior autonomia em seu ambiente domiciliar. As casas inteligentes emergem como uma alternativa promissora, utilizando dispositivos automatizados e interfaces assistivas para facilitar a interação com o ambiente. Esta Revisão Sistemática da Literatura (RSL) teve como objetivo identificar, analisar e sintetizar estudos sobre o uso de casas inteligentes para pessoas com ELA, destacando as principais tecnologias empregadas e suas contribuições para a autonomia desses indivíduos. Métodos: A revisão foi conduzida seguindo as diretrizes PRISMA e Kitchenham, abrangendo artigos publicados entre 2019 e 2023, nas bases ACM Digital Library, IEEE Digital Library, PubMed, Science Direct e Scopus. Os artigos foram analisados com base nos critérios PICOC e em quatro critérios de qualidade, avaliando Meios de interação, Dispositivos utilizados, características dos Experimentos e de Participantes. Resultados: A triagem inicial identificou 290 estudos, dos quais 11 estudos atenderam aos critérios de inclusão e qualidade. Os meios de interação mais utilizados foram Interface cérebro-computador (BCI) e Controle ocular, cada um utilizado em 45,45% dos estudos. Os dispositivos utilizados mais descritos foram lâmpadas inteligentes em 45,45% dos estudos, enquanto interruptores, sensores de movimento e TVs/eletrodomésticos em 18,18% dos estudos. Apenas 36,36% dos estudos incluíram efetivamente pessoas com ELA nos experimentos, enquanto os demais estudos utilizaram voluntários saudáveis ou simulações. Discussões/Conclusões: Os resultados indicam que as casas inteligentes podem melhorar significativamente a autonomia e o bem-estar de pessoas com ELA. No entanto, a falta de testes clínicos com pacientes e a descrição reduzida dos dispositivos conectados são limitações consideráveis. Trabalhos futuros devem priorizar a avaliação prática dessas tecnologias e ampliar a participação de pessoas com ELA nos estudos para validar a efetividade das soluções propostas.
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