Estudantes de Medicina e os Desafios dos Relacionamentos Interpessoais: Uma Análise das Competências Socioemocionais na Formação Médica
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p5795-5810Palavras-chave:
educação médica, relacionamentos interpessoais, Competências Socioemocionais, saúde mental, Formação profissionalResumo
A formação médica contemporânea envolveu múltiplos desafios relacionados ao desenvolvimento de competências interpessoais, frequentemente supervisionadas em currículos centrados em conteúdos biomédicos. Este estudo tem como objetivo analisar criticamente os principais obstáculos enfrentados por estudantes de Medicina na construção de relacionamentos interpessoais saudáveis e propor estratégias de enfrentamento fundamentadas em evidências científicas. Para isso, realizou-se uma revisão narrativa da literatura em bases de dados nacionais e internacionais, contemplando artigos, revisões e ensaios teóricos sobre competências socioemocionais, saúde mental estudantil e interações relacionais no contexto da educação médica. Os resultados da análise destacam que fatores como sobrecarga acadêmica, ambiente institucional competitivo, transições desenvolvimentais, exposição precoce ao sofrimento humano e uso intensivo de tecnologias digitais influenciam qualidades das conexões interpessoais entre os estudantes. Tais dificuldades estão fortemente associadas à maior prevalência de sintomas de ansiedade, depressão, burnout e isolamento social, comprometendo tanto o bem-estar individual quanto à formação integral. Nesse sentido, evidencia-se a importância de medidas estruturais que priorizem o desenvolvimento humano durante a formação médica, indo além da simples aquisição de conhecimentos técnicos. Conclui-se que três eixos estratégicos são essenciais: (1) a integração curricular de disciplinas e atividades externas à comunicação, empatia e trabalho em equipe; (2) a valorização de metodologias pedagógicas colaborativas, capazes de aumentar a competitividade nociva; e (3) a implementação de políticas institucionais de apoio psicológico e social. Essas ações, quando articuladas, podem contribuir para transformar a experiência acadêmica dos estudantes e promover a formação de médicos técnicos competentes e humanamente sensíveis.
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