FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS LACUNAS, POLÍTICAS E PRÁTICAS INOVADORAS.
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p2528-2552Palavras-chave:
Formação docente; Tecnologias digitais; Políticas públicas; Inovação pedagógica; Educação digital.Resumo
A inserção das tecnologias digitais na educação tem intensificado discussões sobre a necessidade de repensar a formação docente, de modo a alinhá-la às exigências da sociedade contemporânea. Apesar de iniciativas pontuais, persistem fragilidades estruturais e metodológicas que dificultam a integração efetiva das tecnologias ao ensino. Este estudo bibliográfico teve como objetivo central compreender como a formação de professores no Brasil tem respondido às demandas do uso de tecnologias digitais, considerando lacunas formativas, políticas públicas e práticas pedagógicas inovadoras. Especificamente, buscou-se identificar deficiências na formação inicial e continuada, analisar a efetividade de programas de inclusão digital e discutir experiências emergentes com potencial de transformação. A investigação caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica qualitativa, fundamentada em Gil (2002), Marconi e Lakatos (2008) e Minayo (2011), contemplando artigos, livros, teses, dissertações e documentos oficiais publicados entre 2004 e 2025. O processo de análise envolveu três etapas: identificação, categorização e síntese crítica, organizando a literatura em eixos temáticos. Os resultados indicam que a formação docente ainda é marcada por currículos desatualizados, descontinuidade nos programas de capacitação e políticas pouco articuladas às realidades locais, o que mantém o distanciamento entre discurso oficial e prática pedagógica. Por outro lado, iniciativas como metodologias ativas, gamificação e o uso da inteligência artificial demonstram potencial para favorecer aprendizagens significativas e o engajamento estudantil, desde que acompanhadas por infraestrutura adequada e sólida preparação docente. Conclui-se que o fortalecimento da formação para o uso de tecnologias digitais exige políticas consistentes, programas de atualização permanentes e valorização profissional, configurando um caminho para a consolidação de uma educação digital crítica e inclusiva.
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