EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA ERA DA HIPERCONECTIVIDADE
Desafios Éticos, Tecnológicos e Pedagógicos uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p1545-1562Resumo
Esta revisão integrativa, de caráter qualitativo e exploratório, buscou compreender em que medida os desafios éticos, tecnológicos e pedagógicos condicionam a efetivação da educação inclusiva em contextos de hiperconectividade. A relevância do tema decorre da rápida incorporação de tecnologias digitais e inteligência artificial generativa às escolas, trazendo tantas oportunidades de personalização, acessibilidade e multimodalidade quanto riscos de ampliar desigualdades, vieses e vigilância excessiva. O objetivo central foi sintetizar criticamente a produção acadêmica recente e documentos de referência internacional para identificar evidências, lacunas e implicações para políticas públicas, práticas pedagógicas e formação docente. A questão norteadora definida foi: de que forma a governança ética de dados e IA, as condições tecnológicas de conectividade e acessibilidade, e as práticas pedagógicas inclusivas contribuem ou limitam a efetividade da educação inclusiva em ecossistemas hiperconectados? A metodologia consistiu em revisão integrativa da literatura, com recorte temporal de 2015 a agosto de 2025. As buscas foram realizadas em bases como Scopus, Web of Science, ERIC, SciELO e Portal CAPES, complementadas pelo Google Scholar, considerando artigos revisados por pares, teóricos ou empíricos, relacionados à educação básica e aos temas de acessibilidade digital, tecnologias assistivas, governança de dados/IA e Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA/UDL). O processo envolveu triagem de títulos e resumos, leitura integral e síntese por análise temática. Conclui-se que a efetividade da inclusão em ambientes hiperconectados depende do alinhamento entre quatro pilares: governança ética de dados e IA (proteção, antiviés e accountability), infraestrutura tecnológica com conectividade significativa, padrões consistentes de acessibilidade digital e tecnologias assistivas, e práticas pedagógicas sustentadas no UDL e na formação continuada de professores. Onde esses elementos convergem, observa-se ampliação do engajamento, da participação e da justiça educacional; onde falham, prevalecem barreiras digitais, adaptações reativas e riscos de exclusão.
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