Qualidade de vida e a reabilitação com prótese sobre implante dentário: além do sorriso, dignidade e funcionalidade
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2023v9n2p01-02Palavras-chave:
Qualidade de Vida, Saúde Bucal, Implantes DentariosResumo
A reabilitação oral com implantes dentários representa, nas últimas décadas, um dos maiores avanços da odontologia restauradora. Mais do que substituir dentes ausentes, os implantes têm transformado vidas, devolvendo funções básicas como mastigação eficiente, fala clara e autoestima. Quando analisamos sob a ótica da qualidade de vida, percebemos que a prótese sobre implante transcende o campo técnico e alcança dimensões emocionais e sociais do paciente.
A ausência dentária compromete não apenas a estética facial, mas também aspectos funcionais e psicológicos. Pacientes edêntulos frequentemente relatam insegurança ao sorrir, dificuldades alimentares e até isolamento social. Nessas situações, a reabilitação com prótese total sobre implante — como a prótese protocolo — emerge como uma solução previsível e estável, promovendo significativa melhora na qualidade de vida percebida.
Estudos demonstram que pacientes reabilitados com implantes relatam altos índices de satisfação, superando inclusive os usuários de próteses totais convencionais (1,2). A estabilidade proporcionada pelo implante oferece segurança ao mastigar e falar, promovendo maior confiança nas interações sociais. Além disso, a preservação óssea, promovida pela carga funcional transmitida aos implantes, contribui para a manutenção da arquitetura facial ao longo do tempo (3).
Entretanto, é essencial destacar que a tecnologia, por si só, não é suficiente. O sucesso da reabilitação depende de um planejamento individualizado, que considere fatores sistêmicos, hábitos do paciente, condições ósseas e expectativas realistas. O diálogo entre profissional e paciente é fundamental para alinhar possibilidades clínicas com os desejos subjetivos de reabilitação.
A promoção da qualidade de vida por meio da prótese sobre implante também está relacionada ao acesso. Tornar essa tecnologia disponível em contextos públicos e em populações vulneráveis é um desafio que demanda políticas públicas inclusivas e formação continuada de profissionais da saúde bucal.
Em síntese, reabilitar com implantes não é apenas devolver dentes: é devolver conforto, segurança e autoestima. É possibilitar que o paciente volte a sorrir, a se alimentar com prazer e a se relacionar com o mundo com confiança. É, enfim, oferecer saúde e dignidade — pilares fundamentais de qualquer conceito verdadeiro de qualidade de vida.
Referências
1. Awad MA, Lund JP, Shapiro SH, et al. Oral health status and treatment satisfaction with mandibular implant overdentures and conventional dentures: a randomized clinical trial in a senior population. Int J Prosthodont. 2003;16(4):390-6.
2. Paraguassu, Éber Coelho, et al. "Qualidade de vida e satisfação em usuários de prótese total no estado do Amapá, Brasil." Revista Eletrônica Acervo Saúde 27 (2019): e876-e876.
3. de Cardenas, Anneli Mercedes Celis, and Eber Coelho Paraguassu. "Relação entre tempo de uso e qualidade de vida em usuários de prótese total no estado do amapá." Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences 1.7 (2019): 169-191.
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