Sequelas Manifestadas em Sobreviventes de Covid Longa
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p6284-6300Palavras-chave:
Covid, SARS-CoV-2,, Covid-Longa, SequelasResumo
A COVID-19, provocada pelo vírus SARS-CoV-2, constitui um desafio de grande relevância à saúde pública mundial, especialmente pelas repercussões que se apresentam posteriormente à fase aguda da infecção. No contexto brasileiro, observa-se o aumento expressivo de indivíduos diagnosticados com a síndrome pós-COVID-19, também denominada COVID longa, caracterizada pela permanência de diversos sintomas por meses após a recuperação clínica inicial. Logo, esses efeitos prolongados impactam diretamente a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes. O objetivo deste estudo foi examinar as principais sequelas clínicas e funcionais da COVID longa, com ênfase nas manifestações respiratórias, cardíacas, neurológicas e psicológicas, e suas implicações para a saúde pública. Dessa forma, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica narrativa, de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, fundamentada em artigos científicos publicados entre 2020 e 2025 em bases de dados nacionais e internacionais, além de documentos oficiais de órgãos de saúde. Os resultados apontaram que as sequelas respiratórias como dispneia, fadiga e redução da capacidade pulmonar estão associadas à inflamação persistente e ao dano alveolar residual. As complicações cardíacas, como miocardite e arritmias, decorrem de processos inflamatórios e microvasculares e as alterações neurológicas, incluindo cefaleia, disfunção cognitiva e distúrbios do sono, indicam possível comprometimento neuroinflamatório e disautonômico. Já as manifestações psicológicas, como ansiedade, depressão e sintomas de estresse pós-traumático, refletem o impacto psicossocial da doença e o desequilíbrio neuroendócrino. Portanto, se faz evidente que a COVID longa representa uma condição multissistêmica e multifatorial, cuja abordagem eficaz requer a integração entre vigilância epidemiológica, protocolos clínicos bem estruturados e políticas públicas de reabilitação e apoio psicossocial, visando reduzir a carga funcional e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.
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