A infância e a memória involuntária na obra No caminho de Swann, de Marcel Proust
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p5538-5553Palavras-chave:
Proust; Memória Involuntária; Infância.Resumo
Este artigo explora a temática da infância e da memória involuntária na obra "No caminho de Swann", de Marcel Proust. Através de uma análise literária, busca-se compreender como a memória, especialmente a memória involuntária, desempenha um papel crucial na formação da identidade do eu narrador e na construção de experiências passadas. A famosa passagem da madeleine, onde o gosto do bolo desencadeia uma série de lembranças da infância em Combray, exemplifica a conexão íntima entre o paladar e as memórias, revelando a capacidade da mente de recuperar momentos significativos de forma inesperada. A pesquisa destaca como Proust utiliza a memória não apenas como uma ferramenta de rememoração, mas como um meio de compreender a afetividade e a relação do sujeito com o tempo e o espaço. A obra, portanto, convida o leitor a refletir sobre a natureza subjetiva da memória e sua influência na percepção do passado. Sabe-se que o romance Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, se tornou uma das obras mais importantes da literatura mundial, contendo ao todo sete volumes que revelam com bastante descrição a vida do protagonista Marcel. Com base nessas observações, o objetivo desse texto é relacionar o primeiro volume do romance de Proust, No caminho de Swann (2006), com os estudos a respeito da memória involuntária e reconstrução da infância. Para isso, utilizaremos as reflexões de Benjamin (1994), Bergson (1999), Halbwachs (1990), entre outras referências análogas a essas. Nesse sentido, observamos a importância do romance proustiano para a própria teorização da memória, bem como, de que forma a infância é reconstituída a partir da memória involuntária, e do inconsciente.
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Referências
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