Efeitos do Diagnóstico Precoce na Qualidade de Vida de Pacientes com Artrite Reumatoide Juvenil
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p5739-5752Palavras-chave:
Artrite idiopática juvenil, diagnostico precoce, qualidade de vida, janela terapeutica, politicas publicas, saude infantojuvenilResumo
Este estudo analisa os efeitos do diagnóstico precoce da artrite idiopática juvenil (AIJ) na qualidade de vida de crianças e adolescentes por meio de uma revisão integrativa de publicações nacionais e internacionais (2013–2024) nas bases PubMed, SciELO, LILACS e Google Acadêmico, com síntese via análise de conteúdo temática. Emergiram quatro categorias: janela terapêutica de oportunidade, atraso diagnóstico e efeitos clínicos, impactos psicossociais e emocionais, e protocolos clínicos e políticas públicas. Os achados indicam que iniciar terapias modificadoras da doença nos primeiros seis meses após o início dos sintomas associa-se a maior probabilidade de remissão sustentada, menor dano articular e melhor funcionalidade, enquanto atrasos superiores a seis meses aumentam o risco de deformidades, a carga medicamentosa e hospitalizações. Também se observou piora da dor, do coping, da autoestima e do desempenho escolar quando o controle inflamatório é tardio. Apesar de diretrizes com estratégia treat-to-target e monitorização seriada (p.ex., JADAS/cJADAS), persistem barreiras ao acesso oportuno, como escassez de especialistas, fragmentação da rede e vigilância limitada. Conclui-se que o diagnóstico precoce é determinante para desfechos clínicos e psicossociais superiores e requer integração multiprofissional e políticas intersetoriais que assegurem acesso equitativo a terapias e ao monitoramento padronizado.
Downloads
Referências
ADRIANO, R. et al. Medication adherence in patients with juvenile idiopathic arthritis. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 61, n. 3, p. 245–252, 2016. https://www.scielo.br/j/rbr/a/QTyzQ8yhbBKgQyznjSC9nFD/
AOUST, L. et al. Tempo para diagnóstico na artrite idiopática juvenil: uma perspectiva francesa. Annales de Pédiatrie, Paris, v. 64, n. 2, p. 89–95, 2017.https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28241879/
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 4. ed. revisada e ampliada. São Paulo: Edições 70, 2016.https://madmunifacs.wordpress.com/wp-content/uploads/2016/08/anc3a1lise-de-contec3bado-laurence-bardin.pdf
BEUKELMAN, T. et al. 2011 American College of Rheumatology recommendations for the treatment of juvenile idiopathic arthritis. Arthritis Care & Research, Hoboken, v. 63, n. 4, p. 465–482, 2017.https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3222233/
BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Artrite Idiopática Juvenil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2021. https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2020/relatorio_pcdt_aij_artrite_aij_513_2020.pdf
FRAGA, M. M. et al. Percepção e enfrentamento da dor em crianças e adolescentes com fibromialgia juvenil e artrite idiopática juvenil poliarticular. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 11-19, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2019;37;1;00003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rpp/a/fnCbMxPCHj6KZLtZNYTbbNm/?lang=pt. Acesso em: 10 jul. 2025.
GARNER, A. J.; SAATCHI, R.; WARD, O.; HAWLEY, D. P. Juvenile idiopathic arthritis: a review of novel diagnostic and monitoring technologies. Healthcare, Basel, v. 9, n. 12, e1683, 2021. DOI: 10.3390/healthcare9121683 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34946409/.
GIANCANE, G. et al. Juvenile idiopathic arthritis: diagnosis and treatment. Rheumatology and Therapy, Basel, v. 3, n. 2, p. 187–207, 2016.https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27747582/
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.https://home.ufam.edu.br/salomao/Tecnicas%20de%20Pesquisa%20em%20Economia/Textos%20de%20apoio/GIL,%20Antonio%20Carlos%20-%20Como%20elaborar%20projetos%20de%20pesquisa.pdf
HUANG, B.; QIU, T.; CHEN, C.; et al. Timing matters: real-world effectiveness of early combination of biologic and conventional synthetic disease-modifying antirheumatic drugs for treating newly diagnosed polyarticular course juvenile idiopathic arthritis. RMD Open, v. 6, e001091, 2020. DOI: 10.1136/rmdopen-2019-001091. Disponível em: https://doi.org/10.1136/rmdopen-2019-001091. Acesso em: 3 out. 2025.
MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758–764, out./dez. 2008.https://www.scielo.br/j/tce/a/XzFkq6tjWs4wHNqNjKJLkXQ/?format=html&lang=pt
MOTA, L. M. H. et al. Diretrizes para o diagnóstico da artrite reumatoide. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 53, n. 2, p. 141–157, 2013.https://www.scielo.br/j/rbr/a/Fmjnf9MHprBRrhsdwm5K5Vc/?format=html&lang=pt
OLIVEIRA RAMOS, F. et al. Influence of the timing of biological treatment initiation on juvenile idiopathic arthritis long-term outcomes. Arthritis Research & Therapy, London, v. 25, e177, 2023. https://arthritis-research.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13075-023-03166-9
Padilha, R. Q.; Souza, M. T. de; Cassenote, A.; Argimon, I. I. de L. (2018). Princípios para a gestão da clínica: conectando gestão, atenção à saúde e educação na saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 23(12). Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/ZXL7LvL8MWnDfhv9sMKBC8m/
PIRES, C. F. et al. Juvenile idiopathic arthritis: a study of 74 cases in Northeast Brazil. Journal of Advanced Rheumatology Science, v. 1, n. 1, p. 1, 2017. Disponível em: https://www.openaccesspub.org/. Acesso em: 26 set. 2025.
SCHINZEL, V., da Silva, SGL, Terreri, MT et al. Prevalência de artrite idiopática juvenil em escolares da cidade de São Paulo, maior cidade da América Latina. Adv Reumatol 59 , 32 (2019). https://doi.org/10.1186/s42358-019-0078-4
STEPHANIE, J. W. et al. The role of age in delays to rheumatological care in juvenile idiopathic arthritis. Arthritis Care & Research, Hoboken, v. 73, n. 5, p. 698–705, 2022.https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35365583/
YAMASHITA, Edson; TERRERI, Maria Teresa R. A.; HILÁRIO, Maria Odete E.; LEN, Claudio A. Prevalência da artrite idiopática juvenil em crianças com idades entre 6 e 12 anos na cidade de Embu das Artes, SP. Revista Brasileira de Reumatologia, São Paulo, v. 53, n. 6, p. 542–545, 2013.https://www.scielo.br/j/rbr/a/KfsXtCZyMw758RWcp6k8gFB/?format=html&lang=pt
ZARIPOVA, L. N.; MIDGLEY, A.; CHRISTMAS, S. E.; BERESFORD, M. W.; BAILDAM, E. M.; OLDERSHAW, R. A. Juvenile idiopathic arthritis: from aetiopathogenesis to therapeutic approaches. Pediatric Rheumatology, London, v. 19, e135, 2021. DOI: 10.1186/s12969-021-00629-8.https://ped-rheum.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12969-021-00629-8
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Deise Nilciane Ferreira de Souza, Larissa Damasceno de Sousa, Samantha Feitoza de Freitas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.