LETRAMENTOS E INCLUSÃO
FUNDAMENTOS TEÓRICO-DISCURSIVOS PARA O ENSINO DE ESTUDANTES COM TEA
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p5295-5317Palavras-chave:
Letramento, Inclusão, Transtorno do Espectro Autista, Ensino de Língua Portuguesa, Formação docenteResumo
O presente artigo propõe uma reflexão teórico-discursiva sobre as relações entre letramento e inclusão, com ênfase no ensino de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no contexto da escola regular. A partir da compreensão de que o letramento transcende o domínio técnico da leitura e da escrita, sendo constituído por práticas sociais e culturais que produzem sentidos, identidades e pertencimentos, busca-se discutir os desafios impostos à educação linguística inclusiva. O estudo parte da problematização do modelo tradicional de ensino, que tende a associar o sucesso escolar à homogeneização das formas de aprender, desconsiderando a diferença como potência epistemológica. Adota-se, como percurso teórico-metodológico, uma revisão bibliográfica de caráter exploratório, fundamentada em autores como Soares, Kleiman, Rojo, Vygotsky, Bakhtin, Skliar e Mantoan, articulando a perspectiva sociointeracionista da linguagem à concepção contemporânea de múltiplos letramentos. A análise evidencia que o letramento, quando entendido como prática discursiva e dialógica, constitui-se em ferramenta de mediação e inclusão, favorecendo a participação simbólica de estudantes com TEA nos espaços escolares. Conclui-se que a efetivação de práticas inclusivas requer o deslocamento da noção de deficiência para a de diferença, reconhecendo que ensinar língua portuguesa, nesse contexto, é também um exercício ético de escuta, autoria e sensibilidade.
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