INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS NA SEPSE: ESTRATÉGIAS IMUNOMODULADORAS E SUPORTE HEMODINÂMICO NA PERSPECTIVA MULTIPROFISSIONAL
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p5035-5049Palavras-chave:
Sepse; Terapia Imunomoduladora; Suporte Hemodinâmico.Resumo
A sepse constitui uma síndrome de elevada complexidade clínica e um dos maiores desafios contemporâneos em saúde, caracterizada por resposta inflamatória desregulada a uma infecção, frequentemente associada a disfunção orgânica e altas taxas de morbimortalidade. Diante de sua relevância epidemiológica e do impacto sobre sistemas de saúde, torna-se imprescindível investigar as inovações terapêuticas que vêm sendo incorporadas ao manejo clínico dessa condição. Este estudo teve como objetivo analisar a produção científica recente acerca das estratégias modernas aplicadas à sepse, com destaque para intervenções imunomoduladoras e avanços no suporte hemodinâmico personalizado. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, desenvolvida a partir de buscas realizadas nas bases PubMed, Scopus, Web of Science e SciELO, contemplando artigos publicados entre 2015 e 2025 nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram selecionados 10 estudos que atenderam aos critérios de inclusão, analisados de forma crítica e organizados em quadro-síntese quanto a título, autores, periódico, ano, país de origem, método, nível de evidência e principais achados. Os resultados indicaram uma ampliação significativa das terapias imunomoduladoras, incluindo anticorpos monoclonais, inibidores de citocinas, plasma convalescente e terapias celulares, que demonstram potencial para modular a resposta inflamatória exacerbada sem comprometer a defesa imunológica. Em paralelo, as estratégias de suporte hemodinâmico evoluíram para abordagens mais individualizadas, incorporando biomarcadores, monitoramento multimodal e uso seletivo de agentes vasopressores. Tais avanços alinham-se aos princípios da medicina de precisão e apontam para uma prática clínica mais direcionada e eficaz. Conclui-se que a incorporação dessas inovações terapêuticas representa uma oportunidade promissora para qualificar o cuidado ao paciente séptico. Contudo, persistem lacunas relacionadas à padronização de condutas, custo, acesso às tecnologias e necessidade de validação em ensaios clínicos multicêntricos. Investir em pesquisas translacionais e em equipes multiprofissionais qualificadas é essencial para consolidar esses avanços na prática assistencial.
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