Avanços na Utilização da Imunoterapia no Manejo do Glioblastoma Multiforme: uma revisão integrativa da literatura.
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p4890-4910Palavras-chave:
Glioblastoma multiforme; Imunoterapia; Neurocirurgia; Oncologia.Resumo
O glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor maligno primário mais agressivo e comum do sistema nervoso central em adultos, caracterizado por rápida progressão, alta taxa de recidiva e baixa sobrevida média, mesmo diante dos avanços terapêuticos obtidos com a combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia com temozolomida. A resistência aos tratamentos convencionais e a heterogeneidade do microambiente tumoral reforçam a necessidade de novas abordagens capazes de modular a resposta imunológica e superar os mecanismos de evasão imune característicos dessa neoplasia. Nesse contexto, a imunoterapia tem se destacado como uma estratégia inovadora, explorando diferentes modalidades, como inibidores de checkpoints imunológicos, vacinas de células dendríticas, terapias celulares adotivas e viroterapia oncolítica. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os avanços, eficácia e segurança das terapias imunológicas aplicadas ao glioblastoma, bem como suas limitações e perspectivas futuras. A pesquisa abrangeu publicações entre 2015 e 2025, localizadas nas bases PubMed, Scopus, Embase, Web of Science, SciELO e LILACS, incluindo ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises. Os resultados demonstraram que a imunoterapia apresenta potencial significativo para prolongar a sobrevida e melhorar o controle tumoral, especialmente quando combinada ao tratamento convencional. As vacinas de células dendríticas e as terapias virais oncolíticas mostraram benefícios na indução de resposta imune antitumoral, enquanto as terapias celulares e os bloqueadores de checkpoints evidenciaram resultados promissores em subgrupos específicos de pacientes. Conclui-se que a imunoterapia representa uma fronteira terapêutica emergente na neuro-oncologia, com perspectivas de integração a protocolos personalizados baseados no perfil molecular e imunológico de cada paciente, contribuindo para o avanço da medicina de precisão no tratamento do glioblastoma multiforme.
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