Papel das práticas integrativas e complementares na promoção da saúde da mulher: desafios e perspectivas no SUS
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p4749-4763Palavras-chave:
Práticas Integrativas e Complementares. Promoção da Saúde. Saúde da Mulher. Sistema Único de Saúde.Resumo
A saúde da mulher ocupa posição estratégica nas políticas públicas brasileiras, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Nas últimas décadas, o conceito de saúde foi ampliado, incorporando dimensões físicas, emocionais, sociais e culturais, o que reforça a necessidade de cuidados humanizados e integrais. Nesse cenário, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) emergem como alternativas inovadoras para a promoção da saúde feminina, contribuindo para o bem-estar, a prevenção de agravos e o fortalecimento da autonomia das mulheres. O presente estudo teve como objetivo analisar o papel das práticas integrativas e complementares na promoção da saúde da mulher no contexto do SUS. Metodologicamente, trata-se de uma revisão integrativa de literatura, conduzida a partir da estratégia PICO, que orientou a formulação da pergunta norteadora. A busca bibliográfica foi realizada em bases como PubMed, LILACS, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre julho e agosto de 2025. Os critérios de inclusão contemplaram artigos publicados entre 2011 e 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos estudos duplicados, editoriais e publicações sem relação direta com a temática. A análise crítica priorizou a clareza metodológica, relevância dos resultados e contribuição para a área, respeitando princípios éticos de integridade acadêmica. Conclui-se que as PICS se configuram como instrumentos relevantes de promoção da saúde da mulher, com impacto positivo no manejo da dor, redução da ansiedade, melhora da qualidade de vida e fortalecimento do autocuidado. Entretanto, desafios relacionados à desigualdade de acesso, à capacitação profissional e à integração com o modelo biomédico precisam ser superados para consolidar sua efetividade no SUS. Ampliar políticas públicas, estimular a formação continuada e valorizar saberes populares são caminhos essenciais para fortalecer a saúde integral da mulher.
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