DO SILÊNCIO AO PROTAGONISMO: A VEZ DOS INVISIBILIZADOS

Autores

  • Sinvaldo de Souza Gino
  • Jeane de Abreu Silva
  • Cleunice Alves de Paula Lopes
  • Josélia Fernandes de Sousa
  • Ana Luzia dos Santos da Silva

DOI:

https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p4540-4558

Palavras-chave:

Escuta, Participação, Controle, Exclusão, Infância.

Resumo

O presente artigo teve como objetivo analisar o papel da escuta ativa no enfrentamento da invisibilidade infantojuvenil nas escolas públicas e nos espaços de socioeducação. O tema abordado centrou-se nas relações entre silenciamento institucional, práticas pedagógicas e possibilidades de participação efetiva de crianças e adolescentes nos processos educativos. A pesquisa teve caráter bibliográfico, fundamentando-se na análise crítica de produções científicas publicadas entre 2019 e 2025, selecionadas com base em critérios de relevância temática, atualidade e disponibilidade em acesso aberto. Foram examinadas obras de autores que discutem a centralidade da escuta, os limites das normativas educacionais e as contradições entre discurso e prática em contextos escolares e socioeducativos. Constatou-se que o protagonismo juvenil permanece amplamente comprometido por estruturas institucionais que mantêm a lógica do controle, da tutela e da disciplinarização, ainda que se utilizem de vocabulário participativo. Os resultados demonstraram que a escuta ativa, quando praticada de forma qualificada e vinculada à transformação institucional, pode contribuir para o reconhecimento do estudante como sujeito político e participante das decisões que o afetam. No entanto, práticas escolares e socioeducativas continuam sustentadas por dispositivos simbólicos que restringem a agência infantojuvenil. A pesquisa indicou a necessidade de revisão dos modelos pedagógicos vigentes e o investimento em formações que valorizem a escuta como fundamento da escola democrática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

PIRES, S. F. S.; BRANCO, Â. U. Protagonismo como valor estruturante: enfrentando a invisibilidade infantojuvenil na escola. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 36, n. 2, pp. 2-13, e23035, 2023.

SANTANA, A. N. V. de; NARCISO, R.; SANTANA, A. C. A. Transformações imperativas nas metodologias científicas: impactos no campo educacional e na formação de pesquisadores. Caderno Pedagógico, v. 22, n. 1, p. e13702, 2025.

SILVA, D. K. da; PERONDI, M.; VIEIRA, P. M. Protagonismo juvenil na socioeducação: tensionamentos e perspectivas. Diálogo, n. 57, p. 3-9, 2025.

VOLKWEISS, A.; LIMA, V. M.; FERRARO, J. L. S.; RAMOS, M. G. Protagonismo e participação do estudante: desafios e possibilidades. Educação Por Escrito, v. 10, n. 1, e29112, 2019.

Downloads

Publicado

2025-10-07

Como Citar

Gino , S. de S., Silva , J. de A., Lopes , C. A. de P., Sousa, J. F. de, & Silva , A. L. dos S. da. (2025). DO SILÊNCIO AO PROTAGONISMO: A VEZ DOS INVISIBILIZADOS . INTERFERENCE: A JOURNAL OF AUDIO CULTURE, 11(2), 4540–4558. https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p4540-4558

Edição

Seção

Artigo Original