Inovações farmacológicas no combate ao câncer: análise de novos medicamentos terapêuticos do câncer e suas eficácias

Abstract

O câncer é um problema de saúde pública mundial. Na última década, houve um aumento de 20% na incidência e espera-se que, para 2030, ocorram mais de 25 milhões de casos novos (INCA, 2022). Objetiva-se com este estudo, analisar os avanços recentes no desenvolvimento de medicamentos inovadores para o tratamento do câncer, avaliando sua eficácia, benefícios e limitações. Trata-se de uma revisão integrativa descritiva qualitativa, com coleta de dados, utilizando das plataformas virtuais de pesquisa Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico, no idioma português, com corte-temporal do ano de 2020 ao ano de 2025. Os resultados evidenciaram que dentre as inovações, destacam-se os fármacos biológicos, como os anticorpos monoclonais, produzidos por processos biotecnológicos, que atuam em alvos específicos do câncer. Esses medicamentos têm sido amplamente utilizados em diferentes tipos de câncer, incluindo próstata, pulmão, mama e colorretal. Por exemplo, no câncer de próstata, novos medicamentos em desenvolvimento atuam por classes como inibidores de quinase, imunoterapias e inibidores de checkpoint imunológico. No câncer de pulmão de células não pequenas, há avanços com inibidores de receptores tirosina quinase e anticorpos monoclonais anti-PD-1. Para o câncer colorretal, novas terapias envolvem inibidores de checkpoint imunológico e de receptores de crescimento. No câncer de mama triplo negativo, que não apresenta receptores hormonais, as novas tecnologias incluem conjugados anticorpo-droga, inibidores de enzimas como PARP, imunoterapias e vacinas específicas, que têm mostrado benefícios na sobrevivência, especialmente quando combinadas com quimioterapia. Essas estratégias exemplificam a tendência de medicina personalizada, onde o tratamento é direcionado às características moleculares específicas de cada tumor. Além disso, há avanços na utilização de nanomedicinas, que empregam nanopartículas para melhorar a entrega de medicamentos, aumentando sua estabilidade, biodisponibilidade e capacidade de direcionamento específico às células tumorais. Essas tecnologias podem reduzir efeitos colaterais e superar resistência medicamentosa. Pesquisas também exploram derivados vegetais com potencial antineoplásico, como a curcumina, embora ainda enfrentem limitações relacionadas à sua solubilidade e estabilidade. Conclui-se que os avanços no desenvolvimento de medicamentos inovadores para o tratamento do câncer têm impulsionado uma abordagem mais precisa e eficaz, com destaque para as terapias biológicas, imunoterapias e nanomedicinas. Essas inovações fortalecem a tendência da medicina personalizada, oferecendo novas perspectivas no enfrentamento da doença, apesar de ainda existirem desafios quanto à eficácia plena e limitações técnicas.