EDUCAÇÃO CONTINUADA E PERMANENTE EM SAÚDE: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A QUALIFICAÇÃO DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM
DOI:
https://doi.org/10.36557/2009-3578.2025v11n2p2202-2217Palavras-chave:
Educação Permanente em Saúde; Educação Continuada; Enfermagem; Capacitação Profissional.Resumo
Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) e a Educação Continuada (EC) constituem estratégias fundamentais para a qualificação dos profissionais de enfermagem e para a melhoria da assistência nos serviços de saúde. Apesar de sua relevância, diversos fatores ainda limitam sua implementação efetiva. Este estudo teve como objetivo identificar, por meio de Revisão Integrativa da Literatura, as principais barreiras e estratégias relacionadas à implementação da EPS e da EC na enfermagem. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura conduzida nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SciELO e ScienceDirect, contemplando publicações entre 2018 e 2024, em português e inglês. Foram incluídos estudos que abordassem experiências, dificuldades e propostas de melhoria para a EPS e a EC no contexto da enfermagem, excluindo trabalhos duplicados, resumos e editoriais. Os dados foram sistematizados em quadro-síntese e o nível de evidência foi classificado segundo os critérios do Instituto Joanna Briggs (JBI). Resultados: A amostra final foi composta por 12 estudos que evidenciaram barreiras como sobrecarga de trabalho, falta de infraestrutura adequada, escassez de tempo protegido para capacitação e ausência de metodologias adaptadas à realidade dos serviços. Como estratégias promissoras, destacaram-se o uso de metodologias ativas, incentivo institucional, adequação de carga horária e integração das ações educativas ao cotidiano assistencial. Discussão: Os achados indicam que a efetividade da EPS e da EC depende de condições estruturais, organizacionais e pedagógicas que favoreçam a participação dos profissionais. A superação das barreiras identificadas requer abordagens intersetoriais, engajamento da gestão e adaptação das propostas educativas às necessidades locais, valorizando o protagonismo da equipe de enfermagem. Considerações finais: A consolidação da EPS e da EC exige políticas institucionais e investimentos que as tornem sustentáveis, além de pesquisas que avaliem seu impacto nos indicadores assistenciais. Tais iniciativas contribuem para a melhoria contínua da qualidade do cuidado e para a valorização profissional na enfermagem.
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